08 setembro 2013

À CONVERSA COM... SIDÓNIO VIOLANTE

Para começar esta nova rúbrica, quem melhor que o Presidente do AC SISMARIA para nos falar deste grande Clube? Depois de contactado, Sidónio Violante disponibilizou-se a responder a algumas questões que serão agora publicadas.
Clique no "Mais informações" para conhecê-lo um pouco melhor!


À CONVERSA COM... SIDÓNIO VIOLANTE

 

FICHA TÉCNICA:

NOME: Sidónio Rafael Baptista de Sousa Violante

IDADE: 66 anos

ACTIVIDADE PROFISSIONAL: Reformado

ASSOCIADO DO CLUBE N.º: 18

CARGO QUE OCUPA: Presidente

PERCURSO COMO ATLETA: Fez parte da 1.ª equipa de Futebol de Salão do ACS, do escalão dos 13 aos 15 anos, organizada pelo Sr. Peres, na altura treinador do Marrazes, onde olhava os futuros Atletas deste Clube. Seguiu-se o Ténis de Mesa, na equipa Júnior, que se sagrou campeã distrital e, mais tarde, depois da Tropa, veio o Andebol de 7. Para além disso, durante os tempos em que foi aluno na Escola Comercial e Industrial de Leiria, praticou Voleibol, Andebol, Atletismo (corridas), Futebol e Ténis de Mesa, e na Tropa fez parte das equipas de Voleibol e Andebol do RAP, Trem-Alto, Figueira da Foz e Lisboa.
Deixou de praticar desporto por volta dos 28/29 anos, para ocupar cargos enquanto dirigente. 
 

"Depois de toda uma juventude bem recheada de desporto, não é de admirar que me sinta ligado, pelos mais diversos aspectos, a tudo o que diga respeito a desporto"

 
Sidónio Violante (em cima, 1.º à direita)... O Presidente que foi Atleta

 
 PERCURSO COMO DIRIGENTE: Começou no ACS, tendo-se tornado no Secretário da Mesa da Assembleia Geral para, posteriormente, passar a ocupar o lugar de Presidente da mesma. Foi Presidente da Associação de Desportos de Leiria durante 10 anos, e ainda ocupou o lugar de Presidente da Assembleia Geral da Associação de Andebol de Leiria, cargo que não finalizou, devido à sua eleição para a presidência da Mesa do Congresso da Federação Portuguesa de Andebol.
 
 
"Não esqueço nunca que foi a partir de um Clube de Bairro, numa terra que ainda hoje não é reconhecida como tal, que tive o meu início e no ACS"


A ENTREVISTA:

 
O que sente ao pertencer ao ACS? Que sentimento é partilhado e que espírito é construído no seio desta comunidade desportiva?
 
 
Este sentimento de pertença à Terra e ao Clube é algo que não sei desligar da minha própria personalidade, no meu modo de sentir. Por isso quando me pergunta o que é que sinto por pertencer ao ACS eu fico sem resposta por ser tão natural essa pertença, desde sempre. É um hábito que já não se distingue de entre sentimentos mas se sente natural e se empolga quando o grito das equipas em campo procuram perpetuar o sentido de todos os que, antes de nós, tudo fizeram para dar vida social à Terra que nunca foi.
De alguma forma esta atitude nasce com os pequeninos que frequentam as camadas jovens e os vai acompanhando através das suas vivências até determinada altura. Procura-se que se formem não só como atletas mas também com o Homens. Saem para estudar e quando voltam, já diferentes mas ainda com alguns dos “cheiros e sabores” deste ACS, procuram-nos e quem sabe, os que não têm clubes em outras paragens, voltam para “ajudar” a dar continuidade ao que receberam.
 
O que é que o cargo de Presidente exige de si?


O cargo de Presidente é hoje um cargo apenas de responsabilidade e equilíbrio. Responsabilidade porque é Presidente e equilíbrio porque o Clube tem o seu organograma e cada um desenvolve a sua atividade, nos mais diversos aspetos organizacionais e o Presidente só tem de dirimir e determinar em conjunto com os demais diretores o que é melhor para a Associação.

 

O Clube completou 67 anos este ano e, ao longo do tempo, conheceu grandes êxitos. Hoje, isso ainda acontece. Durante o seu mandato, qual a sua maior preocupação (ou preocupações) para garantir o sucesso do Clube?
 
A maior preocupação é manter o Clube de portas abertas. Hoje, tudo se faz com dinheiro e nem sempre foi assim. Os sócios não estão presentes, não pagam quotas e tudo se vai fazendo para que a prática desportiva evolua e aumente, dando assim razão para a existência difícil do ACS.
Para isso contamos com uma centena de colaboradores e sócios que nos vão acompanhando e dando ânimo. Enquanto tivermos miúdos que queiram praticar as modalidades que existem ou venham a existir, tudo faremos para os manter. É evidente que só as boas vontades não chegam e, nesta altura do campeonato, torna-se difícil colmatar as carências de um orçamento de perto de 50 000,00 Euros. Outra preocupação: como fazer? A maior parte destas despesas são suportadas pelos pais. Depois vão chegando intermitentemente algumas verbas da Câmara e da Freguesia (nunca sabemos quando nem quanto) e por fim e cada vez menos, aqueles que tal como nós se importam e podem, nos vão dando alguns subsídios. A eles temos de agradecer.
 
 
Enquanto Presidente do Clube, que valores tenta transmitir aos Sismarenses, sobretudo aos das camadas mais jovens?
 
Nem sempre se consegue transmitir o que quer que seja, quando não é bem-vindo…e é através do exemplo, das práticas do quotidiano que os jovens vão sendo conquistados. Temos regras de conduta, práticas assentes na observação individual, temos os exemplos dos mais velhos e o sentido de grupo que se adquirir, que consubstanciam o “Espírito de Corpo” que vai para além das linhas de marcação do campo.
 
 
Quais as suas perspectivas para o futuro do ACS?
 
 
O Futuro do ACS será aquilo que todos em conjunto possamos levar a efeito: Sócios, dirigentes, seccionistas, Atletas, Pais e a população em geral. Há alguns anos atrás, acrescentaria que contávamos também com a contribuição do Estado, via autarquias e não só, hoje não podemos contar com nada disso. Voltamos a andar de mão estendida como se a nossa atividade, a das Associações, desportivas ou não, fosse apenas gastadores do erário publico, nefastos à Sociedade.
 
 
Que palavras dirige a todas as pessoas que "vestem a camisola" pelo Clube e contribuem para o seu crescimento?
 
A todas as pessoas que vestem a Camisola e não só, porque todas têm responsabilidades e terão consequências se deixarmos de existir, faço um apelo: Aos que já vestem em primeiro lugar um agradecimento muito sentido e em segundo, que continuem e apenas esperem como compensação o ficarem bem com a sua consciência. Aos outros, que se juntem a nós e nos “obriguem” a continuar, porque só isso já será bom.
 
 
Numa palavra, como descreveria o Universo Sismarense?
 
Diria que esse universo não existe. A globalização destruiu as barreiras que nos consignavam a um espaço, uma forma regionalista de pensar, a uma estrutura anquilosada de estar. Hoje observamos o Mundo, aspiramos a ser o Mundo e, portanto, tudo quanto se resuma a um pequeno universo, só nos fará ser também pequenos. Abramo-nos então a esse mundo que nos espera e onde já há muito lançamos sementes: ontem, com a "exportação" de Atletas, e hoje já com a saída de Treinadores e dirigentes. Tudo isto é já o universo Sismarense.

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